Considerado durante muitos anos como braço direito de Bin Laden e o segundo homem mais poderoso da Al-Qaeda, o médico egípcio Ayman al Zawahiri, foi agora nomeado como o novo líder da rede terrorista.De acordo com um comunicado reproduzido em vários sites radicais islâmicos: «Depois de completa a consulta, a Al-Qaeda anuncia que o Xeque Dr. Ayman al Zawahiri, que Deus lhe dê êxito, assumiu a responsabilidade de dirigir o grupo».
Na análise que a CNN avança, este anúncio oficial, não passa disso mesmo, o reconhecer de uma realidade que, desde 2 de Maio [dia da morte de Bin Laden], já era assumida - com Osama morto, o número 2 ascenderia ao seu lugar.
O diário espanhol El País associa o seu rosto aos primeiros vídeos que Bin Laden divulgou, nos quais o silencioso médico oftalmologista aparecia ao seu lado. Considerado por muitos como o verdadeiro cérebro da organização, é conhecido que teve uma participação intensa na programação dos atentados do 11 de Setembro.
O britânico The Guardian cita um vídeo colocado na Internet no dia 8 de Junho, já depois do ataque a Abbotabad, em que Zawahiri avisa que a luta anti-ocidental da Al-Qaeda vai continuar e que: «Hoje, graças a Deus, a América não está a enfrentar um indivíduo ou um grupo…mas uma nação rebelde que despertou do seu sono para um renascer jihadista e que a vai desafiar onde quer que esteja».
No entanto, os analistas antevêem que nem tudo serão rosas para Zawahiri. Falta-lhe o carisma, respeito e prestígio de que Bin Laden gozava. Além disso, é visto como um homem com o qual é difícil trabalhar.
Zawahiri, que completa 60 anos na próxima semana, é filho de uma família de médicos e académicos egípcios de classe média-alta. Desde 1998, altura em que incorporou a Jihad islâmica egípcia na Al-Qaeda, que se tornou o segundo na escala de comando da organização terrorista.
A sua 'cabeça' vale para os EUA 25 mil dólares, o mesmo prémio que era oferecido pela vida de Osama Bin Laden.
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